Recuperação de Dados
24 de January de 2022Recuperação de Dados em RAID
Os discos rígidos com configurações em arranjos são comuns no dia a dia de sistemas de armazenamento de dados e servidores, mas às vezes é preciso fazer a recuperação de dados em RAID.
O que se chama de RAID, nada mais é do que uma estratégia de agrupamento de discos, que tem como objetivo melhorar o desempenho e elevar a segurança dos equipamentos de maneira geral.
Contudo, muitas vezes pode acontecer a perda de dados essenciais devido a algum problema no disco.
E é aí que entra em cena o processo de recuperação de informações perdidas ou inacessíveis nesses sistemas.
Como as perdas de dados sempre podem acontecer, continue lendo esse texto para saber como fazer a recuperação de dados em RAID.
O que é RAID?
Antes mesmo de pensar na recuperação de dados em RAID, é fundamental compreender o que essa sigla significa.
Em inglês, a sigla se refere a Redundant Array of Inexpensive Disks, o que na tradução literal para o português significa Matriz Redundante de Discos Independentes.
Apesar dos nomes complexos, isso nada mais é do que a combinação de uma série de discos rígidos.
Sendo assim, os tradicionais HDs são colocados juntos visando formar uma única unidade lógica. Dessa maneira, as informações existentes em um dos discos ficam disponíveis também aos demais.
Ou seja, você pode chamar de RAID uma unidade de armazenamento composta por vários HDs que funcionam como se fossem um único dispositivo.
O principal intuito de se trabalhar dessa maneira é que se houver uma falha em alguns deles, os demais continuam funcionando normalmente.
Assim as informações não se perdem e nem ocorrem problemas de impossibilidade de acesso às informações.
Quais são os principais tipos de RAID que existem atualmente?
Hoje em dia existem vários tipos de RAID para discos de armazenamento e, cada um deles possui uma finalidade diferente.
Enquanto alguns dão maior enfoque ao desempenho, outros são mais seguros. Diante disso, é preciso adequar o tipo à demanda.
Então, é importante conhecer os tipos de RAID antes de escolher algum deles. Sendo assim, veja a seguir quais são os principais:
RAID 0
Esse sistema funciona basicamente por meio de uma distribuição simultânea de informações em vários discos.
Dessa forma, tanto a gravação quanto a leitura ocorrem simultaneamente em todos eles. E no momento da gravação, os dados sofrem uma espécie de fatiamento e, os blocos são distribuídos em uma sequência dada.
Essa característica faz deste um sistema muito mais veloz em relação a um disco comum. Por outro lado, caso ocorra danos em um dos discos, os arquivos ficam indisponíveis.
RAID 1
Esse sistema funciona por meio do espelhamento de um disco em outro. Ou seja, todas as informações salvas em um, são também salvas no segundo.
Isso traz um bom nível de segurança, visto que mesmo que a informação sofra danos em um, estará disponível no outro, facilitando a recuperação.
Nesse caso, a performance do sistema em si será semelhante à de um disco comum.
RAID 2
O funcionamento é bastante semelhante ao do RAID 0, mas nesse caso os pedacinhos são bem menores, da ordem dos bits.
Ademais, esse sistema utiliza o que se chama de “Código de Hamming”, que são discos rígidos adicionais que protege contra erros e paridade.
Isso permite a recuperação de dados corrompidos de maneira bem mais simples, apesar de ser preciso usar uma enorme quantidade de discos nesse caso. Por isso. Esse sistema está se tornando obsoleto.
RAID 3
É um tipo pouco usado atualmente, que faz a separação dos arquivos em bytes e, é usado para paridade.
Ele é caracterizado pela leitura e gravação rápidas, mas para a obtenção dos dados os discos precisam girar em sincronia.
Nesse caso, os dados ficam divididos entre os discos da matriz. Mas existe um que guarda os dados em paridade.
Dessa forma, caso seja necessário fazer a recuperação de dados em RAID 3, é possível garantir a integridade deles.
RAID 4
Nesse caso as informações se dividem entre os discos e, um deles é exclusivo para a paridade de informações.
A velocidade de gravação não é tão boa quanto em outros casos, mas esse é um sistema seguro devido ao armazenamento de informações em paridade.
RAID 5
Esse sistema é considerado a evolução de todos os que foram citados anteriormente. Assim, ele funciona bem como o RAID 0, é seguro como o 1 e economiza discos em relação à redundância.
O que acontece é que o sistema RAID 5 utiliza um espaço equivalente a apenas um disco e, ainda assim, consegue oferecer redundância caso haja problema em qualquer um dos discos.
Nesse caso, quando existe uma falha em qualquer um dos discos, o sistema emite um alerta para a substituição.
Após a realização do reparo, o próprio sistema inicia um processo de Rebuild de maneira automática.
Durante o processo de reconstrução de dados por paridade, pode ocorrer uma redução da performance. Apesar disso, o sistema não sai do ar completamente.
RAID 6
O RAID 6 é considerado uma versão superior ao RAID 5. Isso acontece porque ao invés da perda de um disco, este permite a perda de até dois deles sem que haja grande prejuízo ao sistema.
Mas para criar um array em RAID 6 é preciso dispor de pelo menos quatro discos, sendo que dois deles servirão para a paridade.
Apesar disso, o sistema de RAID 6 possui boa performance assim como o RAID 5, mas nesse caso o nível de segurança é bem maior.
RAID 10 OU 1+0
Um RAID 10 ou 0+1, como a própria nomenclatura sugere, se trata da união entre os tipos 0 e 1. E nesse caso é possível que exista uma grande quantidade de discos.
A diferença aqui é que cada um desses discos terá um disco idêntico, chamado de espelho. E a vantagem aqui, obviamente, é a segurança.
Mas isso tem um preço, visto que o sistema sempre vai precisar de metade da capacidade de armazenamento para a gravação dos dados repetidos.
RAID 50
O RAID 50 nada mais é do que a junção entre a tecnologia do RAID 5 e do RAID 0, mas para esse tipo de arquivo é preciso ter pelo menos seis discos.
Nesse caso, cada array possui três discos e, para cada array existe um que está em redundância.
RAID 60
Assim como acontece com o 50, o RAID 60 é derivado da combinação entre o RAID 6 e 0. Mas para esse tipo é preciso ter pelo menos 8 discos.
Esse sistema proporciona tanto performance quanto segurança excelentes, sendo uma ótima escolha nesse sentido.
Nesse caso podem cair até 4 discos simultaneamente que o sistema ainda não para de funcionar.
Principais problemas no RAID
Existem alguns tipos de problemas que são bem comuns em RAID, sendo que os principais são:
- Problema no hardware;
- Fala de software;
- Problemas com o aplicativo;
- Falhas ocasionadas por erro humano.
Entre todos os problemas que podem ocorrer, existem vários que levam à perda de informações e, também ao funcionamento inadequado.
Como fazer a recuperação de dados em RAID?
Em caso de problemas, é possível fazer a recuperação de RAID, ou seja, uma reconstituição das partes danificadas, fazendo com que elas se tornem funcionais novamente.
Esses problemas em geral são físicos ou lógicos, de modo que a opção mais viável para a reconstrução do sistema de arquivos na unidade de armazenamento é usar um software específico para essa finalidade.
Alguns desses programas dão a opção de salvar os dados em outros dispositivos de armazenamento, como as mídias removíveis e os discos rígidos.
Essa é uma maneira segura de recuperar as informações, visto que gera uma cópia sem modificar o arranjo original.
Mas deve-se ter em mente que, independentemente do tipo de recuperação escolhida, é fundamental fazer o possível para manter a arquitetura e reconstruir os dados por completo.
Para que isso aconteça, é muito importante identificar corretamente a matriz RAID que estiver sendo utilizada.
O que saber sobre a recuperação do RAID
Primeiramente, tenha em mente que a recuperação de discos que foram danificados sempre será um grande problema, que deve ser tratado com muito cuidado.
De uma forma ou de outra, um procedimento mal sucedido pode levar à perda definitiva de informações.
Por isso, independentemente do sistema que você utiliza, é fundamental manter sempre um plano de backup ou uma replicação de dados que realmente funcione. Assim, mesmo em caso de danos você não terá problemas com a perda de informações.
Outra informação importante sobre a recuperação de dados em RAID é que dificuldade para se conseguir isso depende diretamente de a construção ter sido realizada via software ou via hardware.
É comum se dizer que os RAIDs elaborador por um software são mais simples de se recuperar porque a distribuição de informações acontece em discos separados.
No entanto, isso pode não ser verdade e, em algumas ocasiões a os arranjos criados por software podem ser difíceis de se recuperar.
De qualquer maneira, qualquer um dos arranjos pode sofrer com falhas de software ou de hardware.
E a primeira coisa a se fazer é identificar qual é a gravidade do problema e, assim conseguir agir rapidamente, de modo que o tempo de inatividade seja o mais curto quanto for possível.
De uma forma geral, as falhas lógicas mais comuns podem ser sanadas por meio do uso de um software específico.
Por outro lado, os problemas físicos, de disco, requerem um equipamento especial e um profissional qualificado para a execução.
Softwares são boas opções para a recuperação de dados em RAID?
Essa é uma pergunta bastante comum, visto que existem muitos programas específicos para a recuperação de dados em RAID.
Basicamente, eles funcionam fazendo a identificação do nível do arranjo, para depois ler as informações e conseguir reparar os danos ocorridos.
No entanto, esses programas nem sempre funcionam bem. Inclusive, os próprios fabricantes e distribuidores não se responsabilizam por falhas no processo.
Sendo assim, é preciso analisar muito bem os principais prós e contras antes de buscar por opções desse tipo na internet para fazer a reparação de dados em RAID.
Não se pode jamais deixar de levar em consideração a possibilidade real de se perder todas as informações de maneira definitiva.
O que fazer então?
Antes de mais nada, ao perceber qualquer problema no seu sistema, você deve proceder com um backup dos dados armazenados.
Feito isso, é preciso restaurar os dados em um outro sistema de armazenamento de modo que eles fiquem totalmente seguros mesmo que ocorra algum problema durante a recuperação de dados em RAID.
Somente após ter as informações salvas você deve proceder com qualquer procedimento mais específico para a recuperação.
Conclusão
A recuperação de dados em RAID é algo bastante trabalhoso e, que exige ferramentas específicas.
Além disso, o sucesso do procedimento depende de se ter um profissional capacitado para isso.

